Crianças portadoras de Hemofilia, como uma queda pode se tornar um grave problema de saúde?
A Hemofilia é uma doença rara que afetas crianças do sexo masculino, é uma doença genética que dificulta a coagulação do sangue.
Há dois tipos de hemofilia A (deficiência do fator VIII) e hemofilia B (deficiência no fator IX) e cada um deles se trata com a reposição do fator em falta.
Dependendo dos casos, há doentes que recebem o fator em déficit quando é necessário, por exemplo, quando acontece uma hemorragia, ou quando têm de ser sujeitos a uma cirurgia.
Outros recebem o fator regularmente para evitar que as hemorragias. "Esta profilaxia pode ser de curta duração – há doentes que recebem o fator em déficit quando é necessário, por exemplo, quando acontece uma hemorragia."
A dose e frequência do tratamento devem ser personalizadas, por isso, ter um acompanhamento Hematológico é fundamental durante toda a vida.
Idade para início do tratamento
As crianças hemofílicas iniciam a profilaxia entre os 18 a 24 meses. "É a fase em que começam a engatinhar e a andar e quando se inicia o risco de quedas".
"Nas crianças hemofílicas tentamos que desde os primeiros anos não tenham hemorragias musculares e articulares que podem comprometer o seu desenvolvimento futuro." explica José Ramon, medico Hematologista.
Aos pais que não conhecem a doença tenta-se desmistificar a doença. "A criança hemofílica é uma criança normal, apenas lhe falta uma proteína no plasma que lhe confere um risco maior de hemorragia e tem de ter mais cuidado."
Os médicos aconselham a que as crianças evitem, se possível, os esportes de contato (como futebol, basquete, etc.) e pedem aos pais maior vigilância nas brincadeiras de seus filhos.
"Qualquer criança cai, qualquer crianca se magoa. Mas nas crianças hemofílicas as consequências podem ser perigosas porque têm uma doença hemorrágica", explica José Ramón.
Aconselha-se mesmo o uso de capacetes de proteção "semelhantes aos que usam, por exemplo, os jogadores de hóquei que evitam o risco de traumatismo craniano que pode ser uma situação eventualmente fatal."
Hemofílicos inibidores
Os doentes com inibidores desenvolvem anticorpos que neutralizam os concentrados de fator que são administrados.
"O tratamento é diferente não se faz com o fator que falta, mas com o fator que chamamos 'de bypass' ou 'bypassantes' que ultrapassa, de alguma forma, a ação do fator em falta."
O tratamento é mais difícil porque o fator 'bypassante' é geralmente menos eficaz, do que o tratamento habitual e torna-se, em muitas ocasiões, mais difícil controlar as hemorragias.
Tanto nos hemofílicos como nos hemofílicos com inibidores o tratamento é para a vida inteira. "Ensinamos como se administra o tratamento, ensinamos os pais e mais tarde as próprios crianças aprendem a injetar-se. O nosso objetivo é tornar os hemofílicos totalmente autônomos."
Ainda não há uma cura. " A terapia genética está, ainda, em em fase experimental."
Fonte: Site Saúde & Vida / Portugal
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