Em crianças, a hemofilia grave é característica por hemorragias espontâneas que se manifestam com manchas roxas pelo corpo
Os sintomas da hemofilia aparecem logo no primeiro ano de vida e vão desde manchas roxas que se espalham pelo corpo até sangramentos mais severos nas articulações. “Para confirmar o diagnóstico é preciso obter o resultado de dois exames laboratoriais. A triagem de TTPA (coagulograma) mostra o tempo necessário para coagulação do sangue. Dependendo do resultado, é feita a dosagem de fatores para saber se a pessoa tem hemofilia A ou B”, explica Erich de Paula, hematologista da Unidade de Hemofilia do Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas.Tania Maria Onzi Pietrobelli, presidente da Federação Brasileira de Hemofilia, tem um filho com hemofilia que foi tratado com profilaxia. “Hoje ele tem 30 anos, é dermatologista e leva uma vida absolutamente normal”, conta.
Veja as dicas de Tania para dar mais qualidade de vida à criança hemofílica.
- Na fase de crescimento do bebê, os joelhos e os cotovelos devem estar bem protegidos. Vale costurar pedaços de tecidos mais grossos na roupa da criança para que ela possa engatinhar.
- Nunca deixe o bebê de pé em sofás ou camas muito moles. Nessa posição, seu pé pode virar e provocar uma hemorragia na articulação.
- Estimule a cognição da criança com jogos de memória e raciocínio. Se ela não puder se destacar nos esportes, terá uma grande chance de se dar muito bem nos estudos, elevando a sua autoestima.
- Não proteja todos os cantos da casa para a criança não se machucar. Ensine como se desviar de possíveis perigos, treinando-a para saber como agir fora de seu lar.
- Quando a criança atingir a idade certa, matricule-a na escola. A socialização faz muito bem para pacientes com doenças crônicas
Fonte: Revista Viva Saúde Edição 89
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