Julho foi adotado pelo Ministério da Saúde e pelo Comitê Estadual de Hepatites Virais como o mês de luta e prevenção das hepatites virais. Isso não significa que a prevenção à doença deva ser menor nos demais meses do ano, muito pelo contrário, a cada dia deve-se aumentar a atenção porque as hepatites virais são as principais causas de câncer no fígado.
De acordo com o Ministério da Saúde, três milhões de
brasileiros estão infectados pela hepatite C, mas não sabem que têm o
vírus. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 3% da
população mundial, seja portadora de hepatite C cronica.
A falta do conhecimento da existência da doença é o
grande desafio, por isso a recomendação é que todas as pessoas com mais
de 45 anos de idade façam o teste gratuitamente em qualquer posto de
saúde e, no caso positivo, façam o tratamento que está disponível na
rede pública de saúde.
Hepatite C – Pelo grau de gravidade,
a hepatite C merece uma atenção especial. Ao contrário dos demais vírus
que causam hepatite, o vírus da hepatite C não gera uma resposta
imunológica adequada no organismo, o que faz com que a infecção aguda
seja menos sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se
infectam se tornem portadores de hepatite crônica, com suas
consequências a longo prazo.
Hepatite C é a inflamação do fígado causada pela
infecção pelo vírus da hepatite C (VHC ou HCV), transmitido através do
contato com sangue contaminado. Essa inflamação ocorre na maioria das
pessoas que adquire o vírus e, dependendo da intensidade e tempo de
duração, pode levar a cirrose e câncer do fígado.
Tipos – Cinco são os tipos mais
comuns de hepatites virais (A,B,C,D e E) e no caso a hepatite B, já há
vacina disponível nos postos de saúde para pessoas de até 50 anos de
idade. Além destes tipos são registrados ainda dois outros: o F que
apesar de estudos recentes não terem configurado sua existência, sendo
portanto descartado, mas não eliminado da literatura médica, e o tipo G.
– Hepatite A, que tem o maior
número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento
básico e de higiene. É uma infecção leve e cura sozinha. Existe
vacina.
– Hepatite B, o segundo tipo com
maior incidência, atinge maior proporção de transmissão por via sexual e
contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a
vacina, associada ao uso do preservativo.
– Hepatite C, tem como principal
forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior
epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A
hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado. Não tem
vacina. A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte.
– Hepatite D, causada pelo vírus da
hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da
hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma
infecção com a hepatite D.
– Hepatite E, causada pelo vírus da
hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão
fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E
não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que foram infectadas
pelo vírus da hepatite E podem apresentar formas mais graves da doença.
– Hepatite F, relatos recentes
demonstram que não se confirmou a identificação do vírus da hepatite F
(VHF), portanto este tipo de hepatite, segundo a Organização Mundial de
Saúde pode ser desconsiderado.
– Hepatite G, o vírus da hepatite G
(VHG), também conhecido como GBV-C é transmitido através do sangue,
sendo comum entre usuários de drogas endovenosas e receptores de
transfusões. O vírus G também pode ser transmitido durante a gravidez e
por via sexual. É frequentemente encontrado em co-infecção com outros
vírus, como o da hepatite C (VHC), da hepatite B (VHB) e da Aids (HIV).
Prevenção – O alerta do Ministério
da Saúde é para que a prevenção se torne um hábito, principalmente para
evitar que a doença evolua para uma situação mais grave pela falta de
diagnóstico ou diagnóstico tardio, quando a doença já está em estado
avançado.
(Fontes: Ministério da Saúde e Organização Mundial da
Saúde)
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