Área destinada a professores: Cuidando de criança com Hemofilia



Tal como todas as outras crianças, uma criança hemofílica precisa de frequentar a escola, ter amigos e integrar-se com os restantes colegas no meio escolar.

Em primeiro lugar, é importante que se estabeleça uma relação de proximidade e confiança entre o professor e o aluno. Só assim será possível perceber e lidar com as diversas situações que poderão ocorrer. A escola deve estar prevenida e preparada, deve possuir os requisitos necessários para uma eventual situação de hemorragia.

Em segundo lugar, deve conhecer quais os sintomas mais frequentes de uma possível situação de hemorragia (perda de sangue) para uma fácil identificação e socorro:

  • Nódoas negras e Hematomas 
São muito comuns em crianças Hemofílicas, podem surgir com uma pancada ou de forma espontânea;

  • Pancadas na cabeça 
Devem ser evitadas, caso ocorra a criança de imediato deve ser observada e avaliada para ver o grau do trauma, veja se tem hematoma ou nódoas negras no local da batida, e avalie o comportamento da criança em seguida para ver se não há complicações no quadro.

  • Hemorragia nos músculos e articulações
Também muito comuns, pode ser por trauma ou espontâneo. Verifique: 
-  Zona contraída, inchada e com sensação de calor
-  Dificuldade de movimentação do membro afetado


  • Hemorragias na boca, gastrointestinais e trato urinário

– Hemorragia na boca ou língua
– Fezes ensanguentadas
– Urina vermelha ou acastanhada


Situações de Atenção

Se é professor de uma criança hemofílica deve estar atento às seguintes situações, e caso ocorra, informar imediatamente aos pais ou responsáveis:
  • Pequenos cortes e escoriações
  • Hematomas
  • Hemorragia nasal
  • Hemorragia na língua ou na boca
  • Hemorragia nas articulações
  • Ferimentos na cabeça


Situações de Emergência

Caso a criança com hemofilia apresente qualquer um dos seguintes sintomas deve ser encaminhada de imediato para o hospital ou centro de hemofilia:
  • Dor de cabeça persistente e agravada
  • Náuseas e/ou vômitos
  • Sonolência ou comportamento anormal
  • Enfraquecimento de um ou mais membros
  • Falta de coordenação motora
  • Dor no pescoço ou sensação de rigidez
  • Visão desfocada ou com imagem dupla
  • Entortar os olhos
  • Perda de equilíbrio
  • Convulsões

Como detectar uma hemorragia?

Na creche e escola primária

Caso verifique que a criança está triste, sem se integrar e brincar com os colegas e/ou chorando muito deve procurar por sinais de hemorragia.



Na escola secundária

Geralmente, a maioria das crianças com hemofilia nestas idades consegue perceber e identificar quais os sintomas de uma possível hemorragia. Contudo, podem omitir esta situação perante a restante comunidade escolar, incluindo o professor. Esteja atento a possíveis mudanças de comportamento, tais como isolamento ou retraimento, e procure por sinais de hemorragia, tal como a dificuldade de movimentos.



Caso a criança se encontre em qualquer uma das situações anteriormente descritas deve contatar de imediato os pais ou responsável da criança, eles saberão como lidar com a maioria das situações, pode também entrar em contato com o centro de hemofilia, aos quais os pais ou responsáveis da criança te indicarão. A boa comunicação com o professor e os pais ou responsáveis do aluno Hemofílico é de extrema importância para que o professor identifique e saiba quando uma intercorrência esta acontecendo. Informe sempre ao professor de seu filho e coordenadores escolar, onde procurar ajuda médica em caso de uma intercorrência mais grave, deixe sempre cópia do Cartão de identificação de Hemofílico no colégio ou creche e se possível telefone do Hospital, Hemocentro ou até médico da criança.

Nunca dê à criança qualquer medicamento que contenha ácido acetilsalicílico, este atrasa a coagulação sanguínea e agrava a situação. Os pais ou responsáveis da criança devem informar quais medicamentos são permitidos para a criança hemofílica.

Em alguns casos, poderá parar a hemorragia com primeiros socorros básicos ou aplicação de gelo no local. Informe-se junto dos pais da criança ou do centro de hemofilia.

Em caso de dúvidas, consulte sempre os pais ou responsável da criança, ou entre em contato no Centro de Hemofilia indicado.


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